ENREDO: Embaixada do Morro traz ancestralidade para a avenida

Embaixadores da Liberdade: O Elo Ancestral do Morro

Iniciamos a divulgação dos enredos de cada uma das Escolas de Samba participantes do Desfile Oficial no Carnaval da Estância Turística de Guaratinguetá.

Material fornecido pela OESG - Organização das Escolas de Samba, entidade máxima da Capital do Samba.

A.R.C.E.S. EMBAIXADA DO MORRO

FUNDAÇÃO: 01 de janeiro de 1944

CORES: Vermelho e Branco

SEDE SOCIAL: Rua Alfredo Antunes, 105 – Alto das Almas

TÍTULOS: 19 (1966, 1968, 1970, 1971, 1972, 1973, 1975, 1981, 1984,

1986, 1995, 1996, 1999, 2004, 2006, 2008, 2009, 2011 e 2023)

PRESIDENTE: Júlio César Mota (Capitão)

CARNAVALESCO: Victor Santos

BATERIA: Mestres Zé Carlos e Saulo

ENREDO: “Embaixadores da Liberdade: O Elo Ancestral do Morro!”

Na página 80 das glórias de nossa Escola de Samba “Embaixada do Morro”, vamos escrever a luta pela liberdade do povo preto no Brasil. Usaremos de sua luta igualitária, que outrora livrou da escravidão, nossos irmãos de cor, e, que desde então, se faz necessária para alforriar o cativeiro social.

Tecendo o fio da memória, evocamos “Exu Giramundo” a percorrer os quatro cantos do país, contando e restituindo o prestígio de direito a quem escreveu a soberania deste povo, que foi privado de sua própria humanidade.

É a vez e voz do povo preto do Morro. É o dia em que toda realeza herdada d’África retorna em forma de cortejo para conceber um palco de júbilo aos seus. É ver brilhar a estrela de cada preto e de cada preta que vence todos os dias. É a nossa vez de desacorrentar a História, recuperar o passado, restituir a verdadeira liberdade.

SAMBA ENREDO: “EMBAIXADORES DA LIBERDADE: O ELO ANCESTRAL DO MORRO!”

COMPOSITORES: Dunga do Cavaco, Rafael Falanga, Mercadoria e Pikena

INTÉRPRETE: Igor Sorriso

Exu ...

Abre os caminhos,

E revela a história.

No país erguido pela raça,

Dos becos, a voz sem mordaça.

Ventre negro da libertação,

Será, “princesa”, o fim da escravidão?

No seio da crueldade, nasce a força do povo.

Mais um punho se ergue, na verdade, de novo!

Faz raiar a esperança, na luta, a dignidade ...

É herança africana, toda ancestralidade.

Zumbi é rei, é de orixá!

Zumbi é vida, é a luz de obatalá!

O brilho no olhar é sentinela ...

Pretas vozes no asfalto, enobrecem a favela.

Pela branca mão se tem, sangue preto derramado, 

Camburão não é destino ...

O tumbeiro é passado!

Sangue negro tem valor, resistência, alforria.

Leroy, gira mundo é quem me guia!

O meu tambor clama igualdade ...

Valente, eu desço o morro,

Pra cantar a liberdade.

A embaixada é a voz que não cala,

Povo preto, sem senhor e nem senzala!

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