GUARATINGUETÁ: Vinícius Lummertz encaminha Vale da Fé e VOASP anuncia viagem inaugural

Reunião objetivou tratar sobre turismo religioso e o início de atividades comerciais do “Edu Chaves”

Na foto, Edson Caram, Superintendente do DER; Vinícius Lummertz, Secretário de Turismo e Viagens; Marcus Soliva, Prefeito de Guaratinguetá.

O Espaço Multiuso da Estância Turística de Guaratinguetá, SP, foi palco da reunião do secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, Vinícius Lummertz com prefeitos, autoridades civis e eclesiásticas de diversas cidades do entorno.

Marcus Soliva, chefe do Executivo guaratinguetaense, recepcionou aos convidados e presidiu a mesa dos trabalhos, ao lado do secretário de Estado.

“Falar em turismo é falar em geração de empregos, geração de renda para nossa população. Por meio desse projeto do aeroporto regional do Vale da Fé, nós temos certeza de termos aumentado o tíquete médio das pessoas vindas do Brasil inteiro para cá.  Poderão vir, via aérea, ficando mais tempo hospedadas em nossas cidades, tendo mais oportunidades de conhecerem nossa região, com uma infinidade de atrativos turísticos. Somos uma região abençoada, riquíssima em natureza, história, cultura, clima, gastronomia”, destacou o prefeito de Guaratinguetá.

As tratativas focaram o fomento do turismo religioso sob a marca “Vale da Fé”, identidade de um Distrito Turístico, conforme tem acontecido em diversas outras localidades do estado.

Lummertz focou sua fala na necessidade de os diversos gestores terem planejamento e ações capazes de consolidar o perfeito envolvimento cooperativo e não, apenas, competitivo. “Estamos buscando formas de estruturação dos diversos modelos de turismo, a partir de nosso plano 20/30, priorizando as obras estaduais, municipais e as ações concretas e práticas necessárias de implementação para alinhar vetores. Não é possível não haver essa hierarquia, se pensarmos em defender o turismo. Se as obras são importantes, nós precisamos negociar no âmbito coletivo”, disse o secretário, acentuando a prática de considerar a economia do visitante, incrementando a sociedade e a produção local.

A dinâmica do processo administrativo da pasta estadual do Turismo contempla a identidade, a marca, a vocação de cada cidade. Por isso, somar esforços, planejar ações e compartilhar experiências se faz inadiável.

O secretário sinalizou com o exemplo de Holambra, onde anteriormente havia – tão somente – uma exposição de flores. Hoje a cidade adequou-se ao nome, com arquitetura ao estilo holandês. A previsão de público é de aumento bem maior, movimentando a economia, gerando emprego e renda. “No caso de Holambra, enquanto tinha produção de flores era uma coisa. Agora, uma cidade com motivação holandesa, arquitetura holandesa, de 17 mil habitantes e um milhão e meio de turistas. A diferença entre uma coisa e outra é tudo que ocorre por conta dessas cifras. Tire isso e não há aquela cidade”, destacou.

Fundamentando sua fala na importância do aeroporto de Guaratinguetá, da conectividade da infraestrutura estadual, considerável volume de investimentos, o secretário ainda explicou ser o alvo do trabalho de sua pasta durante os quatro anos de sua gestão.

Segundo Lummertz, o turismo pode ser natural, mas pode ser – também – planejado, porque há uma guerra por empregos. Relacionou essa situação à evolução das tecnologias, robotizando fábricas, aumentando a produção mas, por outro lado, reduzindo oportunidades de trabalho humano. A solução é, consequentemente, o melhor planejamento do turismo, com formação de mão de obra qualificada, projetos viáveis e profundamente especificados, envolvendo – acima de tudo, a sociedade civil organizada.

Com isso, o estado fica mais leve e pode conduzir, melhor, as políticas públicas de desenvolvimento do turismo.

Antes de apresentar alguns dados estatístico s e resultados do turismo paulista, Lummertz foi assertivo. “O novo normal está ocorrendo no mundo inteiro; o Brasil tem condições; em São Paulo temos essa condição. Estaremos entrando em uma era na qual países ficarão fora do jogo, nós não. Mas temos de nos organizar. E o mesmo potencial que em o agribusiness, tem o turismo. O Brasil é o primeiro nesses dois segmentos. Estamos sentados nesse pote de riquezas”, disse e finalizou afirmando não ser mais possível esperarmos mais cinquenta anos para fazermos aquilo que precisa ser feito.

O secretário ainda acentuou a necessidade de organização, cooperação, comprometimento. Valorizou a elaboração de um Plano Diretor de Turismo com foco na evolução do trade mas, destacadamente, com posturas de política social, a qual deve evoluir em paralelo com os resultados desejados, formatando a identidade, a marca turística da região, criando relação de dependência para o turista.

O Vale da Fé

Especificamente sobre o Vale da Fé, o secretário de Turismo e Viagens frisou o valor das conexões entre as cidades contidas no plano, a força da integração, a motivação, a promoção e a propaganda, integrando o turista como peça fundamental. “Se as pessoas vão para Aparecida, vão para Aparecida. E umas seguem as outras, aumentam o fluxo”.

Citando o modal aéreo pela concessionária VOA e a qualidade das estradas como ferramentas de adquirir o fluxo de turistas, Lummertz aponta para a capitalização de negócios turísticos, destacando, ainda, o modal ferroviário – o qual demanda envolvimento do governo federal – com um trem de turismo ligando a capital paulista a Aparecida.

Para a concretização do Distrito Vale da Fé, o titular da pasta de Turismo e Viagens elencou a participação dos municípios integrantes da Região Turística da Fé, entidade com personalidade jurídica definida e já motivada.

Em texto separado abordamos o início de atividades do Aeroporto “Edu Chaves”, operado comercialmente por concessão à VOASP.

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