EVENTO: Produtor de A Jornada dos Príncipes destaca Pindamonhangaba no Grito do Ipiranga

Malcolm Forest produz filme com pesquisa sobre a história da cidade e a presença de seus nobres no momento do brado do Príncipe Dom Pedro

A JORNADA DOS PRÍNCIPES

Artigo por Malcolm Forest                                 

Em 14 de agosto de 1822, o Príncipe Dom Pedro seguiu para São Paulo, pelo Vale do Paraíba, pousando em fazendas, vilas e lugarejos.

Seu propósito era o de chegar à cidade de São Paulo e colocar em boa ordem a situação política na capital da Província.

Os problemas eram imensos em um Brasil continental. Revoltosos; déficit no erário público pelo não pagamento de impostos; sedições. Várias situações aversivas ao espírito de nacionalidade e de independência.

Seu pai, o rei Dom João VI, antes de ser obrigado a voltar a Portugal, para também lá por em boa ordem as Cortes de Lisboa, recomendara ao filho: “Ponhas tu a coroa em tua cabeça, antes que um aventureiro o faça”.

Referia-se às dificuldades enfrentadas na Europa, desde a Revolução Francesa e o absolutismo de Napoleão Bonaparte.

Dom João VI amava o Brasil e, se tivesse melhor opção, aqui ficaria pelo resto de sua vida.

Propôs, assim, que seu filho proclamasse, ele mesmo, a Independência de Brasil do Reino de Portugal.

Em algumas localidades de sua viagem teve, o príncipe, mais expressivo apoio das câmaras de vereadores, coronéis e fazendeiros. Nelas estabeleceu paços reais como sede de governo, nos quais fez importantes despachos para a corte no Rio de Janeiro.

Em todo lugar foi muito bem recebido. Dentre elas a Vila Real de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pindamonhangaba, aonde chegou a 20 de agosto.

Na Capital do país ficara Dona Leopoldina, como princesa regente.

Nascida na Áustria, recebeu muito esmerada educação, adquirindo amplo conhecimento das artes e das ciências, com gosto especial pela música e por mineralogia.

Estava a arquiduquesa, filha do Imperador Francisco II, casada com o príncipe Dom Pedro de Alcântara e, nessa ocasião, desempenhando um papel extremamente importante no momento decisivo da emancipação do nosso Brasil.

Foi ela, como princesa regente, à frente do conselho de ministros, quem assinou, no dia 2 de setembro de 1822, a ata propondo a independência do Brasil.

Esta proposta foi ratificada pelo príncipe Dom Pedro na Colina do Ipiranga, cinco dias depois, em  sete de setembro, com o seu famoso grito de “independência ou morte”.

Na jornada de Dom Pedro I, a Vila Real de Pindamonhangaba, teve papel muito importante. O Príncipe foi recebido com vivas e palmas. Hospedou-se na casa do capitão-mor Manoel Marcondes de Oliveira Melo.

À noite, assistiu a um Te Deum composto pelo Padre José Maurício Nunes Garcia, na igreja matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso.

Foi em Pindamonhangaba que se formou a Guarda de Honra do Príncipe, unindo-se à comitiva a qual já o acompanhava, desde o Rio de Janeiro, seguindo com ele até a capital de São Paulo.

Prosseguiram, depois, até Santos e de lá retornaram com o Príncipe a São Paulo.

Homens jovens e maduros, coronéis e fazendeiros se uniram nesta caminhada histórica e escreveram seus nomes na epopeia maior do nosso país.

Estão retratados no famoso quadro do pintor Pedro Américo do grito do Ipiranga.

Pindamonhangaba tem em sua memória a igreja de São José, construída já em meados do século XIX e abriga os restos mortais de muitos dos que acompanharam Dom Pedro em sua guarda no episódio magno da independência do Brasil.

Em 1972, no Sesquicentenário da Independência, os despojos do primeiro imperador do Brasil, Dom Pedro, foram trazidos ao Brasil, vindos do Palácio de Queluz, Portugal, a bordo do navio lusitano Funchal.

As relíquias viajaram por todo o país. Na jornada, o corpo do nosso Imperador passou pelas localidades por ele visitadas em vida em 1822.

Em Pindamonhangaba houve uma comovida celebração religiosa de corpo presente dentro da Igreja São José. Foi um momento inesquecível para todos quantos tiveram a fortuna presencial em dela participar.

Hoje, passados 50 anos dessa celebração, e 200 anos da proclamação da independência do Brasil, descendentes de Dom Pedro, os Príncipes Orleans e Bragança visitam novamente as cidades por onde Dom Pedro passou em sua Marcha pela Independência do Brasil, inclusive a Igreja São José de Pindamonhangaba na “A Jornada dos Príncipes”.

Revigora-se o País, o Brasil que reclama a sua história.

 

 Fotos: Acervo Dr. Fábio Vilela Ribeiro

Saiba mais:

A JORNADA DOS PRÍNCIPES Pré-Trailer.

(Para assistir a esse short, desative o player de nossa web rádio, no topo da página)

 

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