TEATRO: “Urubus No Ar”, da Cia Quase Cinema, une estética noir e de quadrinhos
Espetáculo no formato de Teatro de Sombras cria ambiente de suspense e interatividade em seis apresentações online e gratuitas
Inspirado no movimento cinematográfico Film Noir, “Urubus NO AR”, criação da Cia. Quase Cinema, apresenta uma estética que utiliza as sombras para revelar a miséria do coração humano. O réu aguarda sua sentença, dois mortos e um segredo roubado. Corrupção, farsa, assassinato e traição marcam este espetáculo que revela a fraqueza do homem, que na ânsia pelo poder manipula tudo e todos. Nem a plateia escapa!
Duas histórias dos escritores contemporâneos Micheliny Verunschk e Luiz Roberto Guedes, escritas a partir de um mesmo tema, serviram de mote para a criação de “Urubus no Ar”. O cruzamento destas histórias acontece no tribunal do júri em meio à atmosfera dos filmes Noir, onde elementos da atualidade são o combustível que alimenta a imaginação dos escritores. É deste encontro que foi criada a dramaturgia do espetáculo de sombras, que convida o espectador a refletir sobre os “urubus” poderosos que pairam NO AR.
Uma instalação onde os objetos e elementos cênicos do espetáculo ficam distribuídos no espaço e revelados para o público num diálogo íntimo com as artes visuais, e como em outros trabalhos da companhia, as artes visuais, cinema, literatura, teatro e música se misturam como opção estética para a criação do teatro de sombras.
Contemplada com o prêmio Proac Lei Aldir Blanc, a Cia Quase Cinema, de Taubaté, realiza seis apresentações do espetáculo em seu canal no Youtube, a partir do dia 29 de março. As sessões são diárias e gratuitas (acessíveis através do link no campo de serviço), sempre às 20 horas e têm classificação de 10 anos.
Sobre os escritores
MICHELINY VERUNSCHK, é autora dos romances Aqui, no coração do inferno (Patuá, 2016) e nossa Teresa – vida e morte de uma santa suicida (Patuá, 2014) – projeto com patrocínio da Petrobras Cultural. Também é autora dos livros Geografia Íntima do Deserto (Landy 2003), O Observador e o Nada (Edições Bagaço, 2003) e A Cartografia da Noite (Lumme Editor, 2010). Foi finalista, em 2004, ao prêmio Portugal Telecom como livro Geografia Íntima do Deserto. É doutoranda em Comunicação e Semiótica e mestre em Literatura e Crítica Literária, ambos pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O romance nossa Teresa - vida e morte de uma santa suicida - ganhou o Prêmio São Paulo de Literatura 2015 - categoria melhor romance de 2015 - autor estreante acima de 40 anos.
LUIZ ROBERTO GUEDES, Redator publicitário, jornalista, tradutor, letrista de música popular. Seu primeiro texto publicado foi É A GUERRA,MEU GENERAL”, em Contos Jovens número 6, Editora Brasiliense, 1975. Sua poesia nasce com “MAUS MODOS DO VERBO”, antologia de Osmar Reyex, LRG e Glauco Mattoso, edição FIM, 1976. Participou também de “QUEDA DE BRAÇO”, Antologia do Conto Marginal, com 51 contistas de todo o país, edição CAM, RJ, 1977. A partir dos anos 1980, dedicou-se também à música. Como letrista (sob o nome de Paulo Flexa), é parceiro de compositores e intérpretes como Luiz Guedes & Thomas Roth, César Rossini, Beto Guedes, Ronaldo Rayol, Beto Strada, Ivaldo Moreira e outros. Nos anos 90, publicou obras infanto-juvenis como os dois álbuns de poemas para crianças “PLANETA BICHO” (Bicharada de Tinta / Bicharada de Letras), FTD, 1996, e LOBO, LOBÃO, LOBISOMEM, Saraiva, 1997. Obteve um Prêmio Escriba de Contos (Piracicaba, SP) em 1997, e o Prêmio de Poesia Lilia Pereira da Silva, em 1999, com o poemário CALENDÁRIO LUNÁTICO — Erotografia de Ana K, lançado em 2000, em português/italiano, pela Edições Ciência do Acidente. Em parceria com o poeta e ensaísta Claudio Daniel traduziu GEOMETRIA DA ÁGUA, do cubano José Kozer, parcialmente publicado na Coleção Memo da Fundação Memorial da América Latina, SP, 2000. Alguém para amar no fim de semana, Annablume, 2010.
Sobre a Cia Quase Cinema - 16 anos encantando plateias
A Cia Quase Cinema existe desde 2004, nasceu do encontro de diferentes linguagens artísticas; artes cênicas, artes plásticas, cinema, performance e dança. O teatro de sombras surge como possibilidade de expressão, uma arte milenar que encanta adulto e crianças. Nossa pesquisa rompeu com o tradicional teatro de sombras chinês quando incorporamos diferentes suportes, novas fontes de luz e trabalharmos o espaço cênico como elemento complexo e a cidade como parte da obra. Levar as sombras do teatro para o espaço urbano e incorporar a arquitetura como cenário é um dos principais desafios da companhia. Segundo os integrantes do grupo, trabalhar com o teatro de sombras na rua é estar no limiar, um desafio espacial que exige um aumento significativo da consciência corporal do performer, pesquisa que nos move atualmente. O grupo já participou de festivais na Alemanha, Macedônia e fez apresentações em campos de refugiados na Grécia. Produz o FIS – Festival Internacional de Teatro de Sombras que está na sétima edição. No Brasil, destaque para participação no FIAC, festival internacional de artes cênicas da Bahia.
SERVIÇO
Espetáculo “Urubus No Ar”,, da Cia Quase Cinema de Teatro de Sombras
Quando?
Diariamente dos dias 29 de março a 03 de abril
Sessões às 20 horas
Onde?
No canal da Cia Quase CinemaYouTube
Classificação: 13 anos
FICHA TÉCNICA
Direção e dramaturgia: Silvia Godoy, Ronaldo Robles
Elenco: Rafael Soares, Charles Krai, Ronaldo Robles, Silvia Godoy
Cenário e silhuetas: Ronaldo Robles, Charles Kray
Assistente de cenografia: Jessica Pelóggia
Direção musical: Natália Machiaveli
Desenho de som e automação: Bruno Carneiro
Edição e finalização de vídeo: Natália Machiaveli
Captação e direção de vídeo: Ronaldo Robles, Silvia Godoy
Designer gráfico: Rafael Soares
Participação especial escritores: Micheliny Verunschk, Luiz Roberto Guedes
Figurino: Silvia Godoy
Produção: Cia Quase Cinema
Assessoria de Imprensa São Paulo: Adriana Monteiro | Ofício das Letras
Assessoria de Imprensa Vale do Paraíba: Revoada Assessoria
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(Revoada Assessoria & Comunicação - Maiara Tissi / Christal Araújo)