COMENTÁRIOS: Notas do Turismo Paulista

Presidente da AMITUR, Jarbas Favoretto faz várias considerações e deixa um recadinho aos gestores novos ou reeleitos e COMTURs

ICONE PARA CIDADE

Muita lição de casa é o que tem de fazer as cidades com pretensões de angariar o dinheiro que normalmente é gasto por turistas. 

Embora seja muito fácil cruzar os braços e esperar o dinheiro cair do céu, o fato é que assim ele nunca aparece.

Entre as coisas que devem ser feitas, uma das primeiras é a cidade identificar-se para ser identificada por outras pessoas.

É muito importante a cidade descobrir qual o seu ícone ou o seu emblema turístico, algo que chame a atenção das pessoas, ao mesmo tempo em que procure transmitir o seu fiel autorretrato.

Isso é tarefa dos Conselhos Municipais de Turismo, não dispensando uma grande consulta entre a população, até porque, com isso, estará ajudando na tão necessária conscientização da população. 

(Na foto de capa, identidade turística de Brotas)

A IMPORTÂNCIA DO TURISMO

Tempos atrás, quando alguém ouvia falar em Turismo, ele já se via com mala na mão embarcando em algum passeio. 

Embora, atualmente, até se incentive tal prática, a verdade é que o Turismo passou a ser assunto para uma cidade ganhar dinheiro. 

Sejam aqueles que lidam diretamente com os visitantes, sejam aqueles que recebem benefício de forma indireta. 

A própria prefeitura se beneficia com maior arrecadação, sem citarmos sobre a geração de empregos e outras vantagens. 

O Turismo, com certeza, é também uma 'indústria sem chaminé'.

O MAPA DO TURISMO

Para figurar no 'mapa' do Turismo não é preciso a cidade ter um Corcovado, um Pão de Açúcar ou uma praia convidativa.

Hoje temos 56 segmentos no Turismo. Assim, é viável que uma cidade qualquer possa explorar um ou vários desses segmentos!

O que tem faltado na visão de governos, ou na visão de assessores municipais despreparados, é perceber a necessidade de contratar bacharéis ou técnicos em Turismo, pessoas que já estudaram todo ou parte do tema, para que estes venham compor suas equipes.

VÍCIOS EXISTENTES

Muitos administradores ainda encostam o nariz numa árvore para vê-la de perto, em vez de se afastarem para poder ver toda a floresta. 

Contudo, já vemos algumas cidades despertando para o assunto, e parando de convocar o 'fogueteiro da campanha', o encarregado de esportes ou outro jejuno qualquer para cuidar do Turismo da cidade. 

Mesmo que uma cidade se considere pequena e nem possa pensar em ter uma Secretaria de Turismo, ela pode, perfeitamente, ter um funcionário independente se apoiando num correto Comtur, nos moldes recomendado pelo Conselho Estadual de Turismo e pela AMITur.

HÁ MUITO PARA FAZERMOS

O Turismo não faz 'chover' da noite para o dia. 

Mas, aquele que começar antes, terá lucros antes. 

O importante é começar corretamente.

Muitas cidades já estão colhendo tais frutos. 

Descobriram que no Turismo existem verbas especiais (estaduais e federais) e que benefícios paralelos são comprovados.

Descobriram que tudo o que fazem para o turista estão, automaticamente, fazendo para o bem da sua própria população.

AOS GESTORES NOVOS

Prefeitos novos ou nova gestão com prefeito que se reelegeu, isso não importa. Importa tratar o turismo local como fonte de renda.

Consultem as entidades especializadas. Neste caso a Amitur e/ou a Amitesp. As estâncias têm a Aprecesp.

Mas as cidades que não são estâncias precisam de orientação adequada.

 

(texto de Jarbas Favoretto, MTb 32.511)

Fotos e Ilustrações: Reprodução do site da AMITUR.

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