RELIGIÃO: Via Lucis tem início à margem do Tietê, em Jaú

Percurso de 118 km contém diversidade de paisagens e recursos de apoio aos peregrinos

Após bom tempo de planejamento, elaboração de projeto e consolidação de um sonho do querido Padre Nilton Antônio Marques, o Caminho de Peregrinação Via Lucis teve sua inauguração realizada hoje, (22 de outubro de 2020). O Clube dos Cavaleiros de Torrinha foi responsável pela organização do evento.

São 118 km de percurso, a maior parte desse trajeto acontecendo em meio à zona rural dos municípios integrantes. O chamado “marco zero” da Via Lucis fica no bairro Potunduva, na cidade de Jaú, bem à margem do Rio Tietê.

O local escolhido, segundo historiadores, seria onde aconteceu o milagre da Bilocação de Frei Galvão. Explica-se bilocação como sendo a capacidade de uma pessoa estar em dois lugares distintos ao mesmo tempo (*).

A Via Lucis percorre as cidades de Jaú, Mineiros do Tietê, Dois Córregos, Brotas, Torrinha e termina no Mosteiro do Paraíso. Em todo esse roteiro existem muitas capelas e igrejas, trechos ferroviários.

Meios de hospedagem e alimentação também estão contidos no roteiro, como pousadas, hotéis, sítios, restaurantes.

Por todo o caminho, um cenário magnífico, merecedor de contemplação e muitas fotos. Matas bem conservadas, riachos, agricultura, quedas d’água. Resumindo: a Natureza mais próxima e em todo seu esplendor. 

Além de atingir seus objetivos quanto ao Turismo Religioso, o Caminho Via Lucis, naturalmente, promoverá o impulso ao comércio dos locais abrangidos, contribuindo para um ganho na renda familiar, haja vista a mais frequente utilização dos prestadores de serviços de alimentação e hospedagem, por exemplo.

A consolidação do Caminho de Peregrinação Via Lucis é resultado da soma de esforços entre os atores e gestores de duas importantes Regiões Turísticas do Estado de São Paulo: a da Serra do Itaqueri e a Caminhos do Tietê.

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(*) Registros contam a respeito da bilocação de Frei Galvão o fato de ele, estando em uma palestra em São Paulo (SP), pediu aos presentes para que orassem por um moribundo.

Ao mesmo tempo, à beira do rio Tietê, em Potunduva, um capataz que perseguia um escravo foi agredido por este e clamou por Frei Galvão, pois sentia estar próxima sua morte. O franciscano apareceu, saindo da mata, amparou o capataz e ouviu sua confissão. 

Da mesma forma como surgiu, Frei Galvão se foi. Em São Paulo, disse aos assistentes de sua palestra que precisava descansar, pois havia feito uma longa viagem.

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Texto: Marcos Ivan, da Redação do Canal39.

Fotos: Divulgação.

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