EDITORIAL: Guardem os foguetes e os sorrisos de satisfação

Arrogância faz

Em outra situação, no momento quando redijo este Editorial, 00h14min do dia 09 de junho de 2020, eu gostaria de apanhar o celular e enviar “zaps” para meio mundo, festejando o meu engano e parabenizando todas as pessoas as quais não quiseram considerar minha fala a respeito do Plano Diretor de Turismo de Pindamonhangaba.

Simplesmente por eu entender a necessidade de reconhecer cada ser humano ter seu tempo de erros e não apenas de festejar seus acertos.

Infelizmente, ou felizmente (com perdão pela pouca humildade), a notícia esperada por muitas pessoas desejosas de eu estar errado não aconteceu.

Eu estava, aliás, estou satisfeito por ter avisado, reavisado e, até, me tornado incômodo para essas mesmas pessoas, haja vista elas não terem interesse em ouvir o quanto de erro havia no modo de proceder a respeito do Plano Diretor de Turismo de Pindamonhangaba, apresentado pelo deputado André do Prado para análise sobre a classificação de nossa cidade como Município de Interesse Turístico.

Lamentavelmente, ao verificar o relatório resumido publicado pelo Grupo de Análise dos Municípios de Interesse Turístico, encontrei o resultado da pouca atenção dada aos avisos deste jornalista independente a respeito dos prazos e dos documentos necessários para efetivamente instruir o Projeto de Lei 288/2017 (anexado ao PL 583/2019): "DEVOLVIDO".

Considerando a mensagem enviada pelo Gabinete Civil do Governo do Estado de São Paulo, solicitando uma análise "DE FORMA CONCLUSIVA" a respeito de Pindamonhangaba atender as exigências para classificação como MIT, o "DEVOLVIDO" deve ser o ato de "desligar os aparelhos" e deixar se esvair o "sonho da Princesa".

A Administração Municipal tem, no Departamento de Turismo, uma equipe diretora arrogante e capaz de só dizer “sim senhor”, não contesta e nem tem interesse em fazer isso. Somente basta, a essas pessoas, sua autopromoção e destaque em eventos agendados sem a mínima discussão junto ao COMTUR – Conselho Municipal de Turismo.

A própria Lei Municipal criada para “organizar” o COMTUR rouba deste, uma das funções mais importantes. Os “caras” encarregados pela elaboração do Projeto de Lei, votado e aprovado pela Câmara de Vereadores, a qual também pouco entende ou se interessa pelo Turismo Receptivo de Pindamonhangaba, simplesmente extirparam do texto paradigma, exigido pelo Grupo Técnico da Setur-SP, um item inteiro.

Por conta desse recorte no texto paradigma, e sem a cuidadosa avaliação dos vereadores, mesmo porque não lhes foi encaminhado o texto base já citado, os representantes do povo só disseram, também, sim senhor ao prefeito da cidade. Parabéns por essa incompetência.

Triste. Muito triste. Pindamonhangaba merece mais, muito mais respeito, quanto a diversos setores e, neste caso, o Turismo Receptivo, completamente jogado para o fim da fila enquanto objeto de ações efetivas e soluções adequadas.

Uma indústria geradora de empregos e renda. Apenas não faz permutas mirabolantes, como trocar terrenos por pequenas obras...

Pindamonhangaba "terra roxa do saber e da aptidão", mas com Turismo na contramão por conta do desinteresse administrativo atual.

Marcos Ivan de Carvalho

Jornalista Independente, MTb36001

Gestor de Turismo

Publicitário

Radialista

Apaixonado por Pindamonhangaba.

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