DIPLOMA: Paleógrafa de Taubaté ganha cadeira em academia mineira

Trabalhos de pesquisa da paleógrafa foram importantes para esse reconhecimento

“Em 1596, o governador geral do Brasil, D.  Francisco de Sousa, incumbiu Martim Correia de Sá da chefia de uma bandeira, que, saindo do Rio de Janeiro, aportou em Parati, subiu a serra do Mare, por uma trilha indígena, alcançou a região valeparaibana.  Desse ponto, atravessando a garganta do Piracuama, prosseguiu em direção à lendária Sabaraboçu. Posteriormente, esse caminho, muito percorrido, transformou-se em uma antiga estrada que serviu ao tráfego e comércio interno entre a cidade do Rio de Janeiro e as vilas de Parati e Taubaté; quando se achou ouro nas Gerais, a estrada foi usada como escoadouro do metal precioso. Após o período aurífero, esse caminho foi cada vez menos frequentado, supondo-se até que não mais existisse atualmente. Com o propósito de comprovar a existência desse caminho e de reconstituir os pontos geográficos que o compõem, apresentamos os resultados de um levantamento documental de manuscritos inéditos da época, complementado por uma visita ao local que terá restado desse antigo itinerário, tão importante em outros tempos”. (Mariotto, L. C. P. A. (2009). Em busca de um roteiro esquecido. Filologia E Linguística Portuguesa, (10-11), 317-344. https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v0i10-11p317-344)

Esse é o trecho introdutório da peça acadêmica desenvolvida pela professora Lia Carolina Prado Alves Mariotto a qual, posteriormente, resultou em importante projeto de consolidação do Antigo Caminho do Ouro Paulista como destaque cultural e turístico da região onde está contido.

A professora Lia tem mantido contatos com diversos colaboradores e estudiosos interessados na consagração desse caminho, o qual já conta com projeto de Lei apresentado à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pela parlamentar Letícia Aguiar e em fase final de tramitação junto às Comissões Permanentes daquela Casa de Leis.

Constam do roteiro do Antigo Caminho do Ouro Paulista os municípios de Cunha, Lagoinha, Taubaté e Pindamonhangaba.

Mais recentemente Tremembé demonstrou interesse em reconhecer-se integrante do projeto devido à sua localização e possibilidades de fomentar o turismo cultural.

Por sua vez, segundo relatos confiáveis, ainda não há uma postura definida de Pindamonhangaba, a qual consta no projeto inicial protocolado na ALESP.

O trabalho incansável e profissional de Lia Carolina tem sido reconhecido em diversos setores da cultura e o mais atual diploma de reconhecimento é o da Academia de Letras, História e Genealogia da Inconfidência Mineira – ALHGIM, em caráter perpétuo e tendo como patrono de sua cadeira o inconfidente Carlos Corrêa de T. Mello.

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