SHOW: ODARA com o Duo ROSA AMARELA está de volta a São Paulo
Atendendo a pedidos e em única apresentação no dia 04 de outubro
FONTE (Texto e Fotos): João Luiz Azevedo, Assessoria de Imprensa.
Devido ao sucesso em suas apresentações em SP, no início deste ano de 2023, o público pediu e o Duo ROSA AMARELA volta a São Paulo, para sua última apresentação de 2023, em SP, com o show ODARA, desta vez, no palco do Teatro das Artes, no Shopping Eldorado no dia 04 de outubro/2023.
O show ODARA é um passeio cultural entre “o sagrado e o profano”, com melodias e notas do repertório autoral do Duo Rosa Amarela, Pris Mariano e Rodrigo Di Castro.
Pris Mariano e Rodrigo Di Castro, apresentam a beleza da cultura popular brasileira, permeado pela simbologia dos Orixás e demais arquétipos que derivam de nossas influências culturais.
A dupla acredita que através da arte, promove-se a igualdade perante as diversidades, assim como o direito de exercer a fé, desmistificando conceitos preconceituosos. Entende-se que cultura é tudo aquilo que perpassa por nossa formação ética, educacional e de valor.
Como tradução sonora, o show ODARA traz à tona a CULTURA DE TERREIRO, tendo como influência rezas cantadas, aliadas à Música popular brasileira.
Assim, na visão da dupla, os casos de intolerância aliados à ignorância de pensamento, vem atingindo grupos que não podem manifestar sua fé. Ou seja: no Brasil atual, exercer um papel cultural que se deseja – neste caso por meio da música – é um grande desafio, mas ao mesmo tempo a maneira mais fácil, uma vez que a arte unifica linguagens e estreita caminhos.
No repertório, Pris Mariano e Rodrigo Di Castro, apresentam a beleza da cultura popular brasileira, permeado pela simbologia dos Orixás e demais arquétipos que derivam de nossas influências culturais.
A dupla acredita ser a música, uma grande ferramenta para ampliação de consciência, cristalizando pontes entre grupos de diferentes gostos e crenças.
Inspirando-se no perfume da cultura de terreiro, as canções do Rosa Amarela conseguem traduzir rezas em canto próprio, único e particular.
O Show “ODARA” tem como formação a presença da dupla Pris Mariano (vocais e direção artística) e Rodrigo Di Castro (vocais, cordas e direção musical) e dos músicos Jimmy Santa Cruz (baixo), Katy Moret, e Francisco Mariano (curimba).
* Comentário do jornalista Roberto Carpilovsky a respeito do show ODARA com o Duo Rosa Amarela:
ODE À ESPIRITUALIDADE
Penso que minha vivência em outros segmentos das artes talvez não me credencie a transmitir, da forma que o Duo Rosa Amarela merece, a experiência inédita que foi ter assistido a esse espetáculo no Teatro Rival Refit no último dia 21 de abril.
Espetáculo na concepção mais abrangente que a expressão pode contemplar, mostrando a cultura de terreiro num espaço notório por acolher respeitosamente a inesgotável diversidade de nossa cultura e de nossa sociedade.
Não digo pela voz majestática de Pris Mariano, pela destreza no violão do multi-instrumentista Rodrigo di Castro – gaúcho, de Santa Maria –, ou mesmo pela cumplicidade e capacidade do casal em cooptar a atenção da plateia, arrebatando seu crescente envolvimento e transmudando-a em um fiel coral de suas músicas – todas autorais – e cânticos que vicejam com enorme força. Músicas, pois exprimem a combinação harmoniosa de sons.
E cânticos porque, da forma poética recitativa, ou sob a forma devocional, apresentavam as divindades mais prestigiadas em nossos matizes de origem africana.
O naipe de músicos estava impecável, desde o maestro contrabaixista Jimmy Santa Cruz, o mago percussionista Sandro Lustosa e o ritmado trio de curimbeiros de três gerações e colaborando nos vocais: o veterano Carlos de Xangô, a também cantora Katy Moret e o talentoso e promissor adolescente e filho do casal, Chico Mariano.
Pris conversa para conhecer um pouco a assistência.
Quando adentra no campo de seu domínio maior, impressiona a potência e as possibilidades vocais que não supunha encontrar em tratando de uma artista completa que somente naquele momento tive o privilégio de conhecer.
Não apenas no propósito de mostrar o seu trabalho, esses artistas se divertiam e retribuíam o deleite da plateia entregando mais verdade em sua proposta.
Vibravam os iniciados e os neófitos, irmanados pela atmosfera mística, espiritualizada e de inegável qualidade.
Os belos figurinos brancos – Elaine Hoffman e Dani Barreiro – espelhavam as cores correspondentes aos Orixás mencionados, traduzindo a luz concebida por Pris.
Ao final uma luxuosa apresentação do bailarino Júnior Andrade, que também com atributo teatral trouxe um Ogum em toda sua força e virilidade. Observando a propriedade exuberante de seu figurino, e a coreografia executada vigorosamente, este número final revelou mais um talento de Pris, em hábil duelo com Júnior.
Aqui e ali ouvi comentários acerca da eventual semelhança entre Pris e Clara Nunes, sobre o que, devo dizer que talvez se igualem no amor à arte, na seriedade de suas propostas e no branco sempre presente.
Mas Clara era única.
E Pris também é.
O lirismo é a mola mestra deste trabalho, que desfila uma feliz seleção de textos repletos de belas imagens, metáforas e linguagem rica e evocadoras do contemporâneo, do efêmero, do eterno, da matéria e do espírito.
Na dinâmica são oportunizados ensinamentos e até mesmo lições que convidam à reflexão, que em determinado momento musical fazem com que nos entreguemos a uma autentica meditação.
Pontuam aqui e acolá a importância do conhecimento, do respeito e da tolerância, fundamental no combate ao preconceito com gênese na ignorância.
Essa dupla, de notável performance, tem contribuído – e muito mais há de contribuir – para a divulgação dessa vertente musical tão encantadora e ainda desconhecida do grande público.
Comentário do jornalista Alvaro Talarico em sua Coluna aqui:
Papo de Talarico: Rosa Amarela faz show iluminado no Teatro Rival
O título já fala bastante, mas é bom explicar. Foi a primeira vez que vi ao vivo o duo Rosa Amarela com Pris Mariano e o músico Rodrigo di Castro. Fiquei impressionado com o capricho da direção artística e com a atmosfera de emoção que o show proporcionou. Todos estavam de branco, o duo e os músicos, e a iluminação variava de acordo com o orixá que era o principal da canção que vinha.
A música que abriu foi “Oxalá”, e as luzes brancas abriam como se fosse as portas do céu. Pris num vestido brilhante, lindo. “Canta bem alto, o nome de meu pai” e o público cantou em uníssono. A potência vocal de Pris Mariano é encantadora, assim como a forma que Rodrigo faz um tipo de cama com seus complementos e instrumentos, para que ela brilhe. “Pena Branca” veio em seguida, e aí ficou tudo verde, fazendo os espectadores se sentirem na floresta de Tupinambá. Pris fez questão de exaltar os povos originários. “Oxossi” foi flecha logo depois, mantendo a energia das matas.
Reza do Vento da Rosa Amarela
Rodrigo então contou um pouco da história do Teatro Rival, lembrando que a primeira apresentação ali se chamou “Amor”. Disse “que o amor se faça” e era visível a emoção dos músicos no geral por estarem ali. Pediram que o público fechasse os olhos e discorreram palavras sobre espiritualidade, paz e amor. Foi aí que o azul tomou conta do palco, Rodrigo puxou a flauta, e a “Reza do Vento”, uma das músicas mais famosas do duo, fez o ar ficar mais denso e leve ao mesmo tempo. Sem entender bem o porquê, lágrimas rolaram de meus olhos.
Pris canta com tamanha fé e força… Olhava ao redor e via todos felizes. O vento da Rosa Amarela “Esteve nas montanhas brancas / Nos cabelos de Jesus / É o rezo do pai velho / Na espada de Ogum”. A interpretação da cantora vai direto no coração daqueles que tem fé, faz a alma vibrar de alegria. Acho que por tudo isso e muito mais, eu chorava. Pensava nos tantos sangues que se unem no meu. África, Américas, povos originários, Europa. Imaginei aquele vento passando por Jesus e chegando até aquele momento. Senti. E agradeci.
Todo o desenho do show, a forma como começa devocional e vai num crescente, tem um esmero extrodinário. Percebendo tudo isso, ouvi “Iemanjá”, essa divindade tão querida no Rio de Janeiro. Foi de uma beleza sublime. Ao meu lado, assim que acabou a música, uma espectadora soltou uma só palavra: “perfeito”. Nanã, Omulu, Oyá, Oxum foram louvados na sequência, cada qual com sua canção.
Terra e Mar
Pris de repente, sutilmente, desapareceu. E quando voltou, trouxe a força cigana, num novo figurino, “Rosa de Fogo”. Foi a hora do Rosa Amarela chamar o povo para levantar. “Vem caminhar” se seguiu e foi mais um “vem dançar”, com os ciganos da terra, com o cigano do mar. Por parte de mãe, sei que tenho ancestrais ciganos. E se eu disser que senti que bailavam comigo? Arrepiante.
Para finalizar, São Jorge foi cantado em versos e rezos. E um bailarino entrou representando Ogum. Então vimos que além de cantar, Pris também dança, e com firmeza! Fizeram um “duelo” cheio de energia com espadas imaginárias. Contei sete. Ah, aí pareceu que acabou, a cortina fechou, os pedidos de bis aconteceram, e eles voltaram saudando Iansã e Xangô. Salva de palmas.
A banda toda merece ser ressaltada. Jimmy Santa Cruz no baixo, com os olhos marejados no fim; Sandro Lustosa na Percussão, como um polvo; Katy Moret, Carlos de Xangô e Francisco Mariano (filho do duo) nas Curimbas. E palmas para a produção de João Luiz Azevedo que acreditou no projeto e contou com um show de lotação esgotada. Fica a dúvida quando e onde será o próximo. Visualizo a Rosa Amarela no Circo Voador. Que voe a cada dia mais, trazendo mais música, devoção, fé e gratidão para nós, guerreiros da Luz.
Show ODARA com o DUO ROSA AMARELA
Pris Mariano – Vocais e direção artística
Rodrigo Di Castro – Vocais, Cordas e direção musical
Jimmy Santa Cruz – Baixo
Katy Moret – Curimba
Francisco Mariano – Curimba
Figurino: Elaine Hoffman
Look e Acessórios: Encantos da Cigana e Afrotik
Assistente de produção: Ana Vitória
Maquiagem: Luana Thimotheo
Técnico de Som: Léo Maia
Produção Executiva e Assessoria de Imprensa: João Luiz Azevedo
Tempo de Duração: 1h e 40 min
Livre para Todas as Idades
Teatro das Artes de São Paulo
Av. Rebouças, 3970 Lj 409 – Pinheiros - Shopping Eldorado – Tel (11) 3034-0075
Dia 04 de Outubro/2023, quarta-feira – 20h
Ingressos de R$ 75,00 a R$ 180,00
Ingressos disponíveis pelo SYMPLA aqui.
Mais informações com o produtor João Luiz Azevedo pelo tel/zap: 21-99605-3074