ANÁLISE: Considerando Eduardo Mielke e sua visão sobre os COMTURs

Especializado destrincha alguns pontos a serem – definitivamente – considerados para o sucesso de um Conselho Municipal de Turismo

Marcos Ivan, baseado em texto original de Eduardo Mielke

(Recortes do texto original estão identificados em texto colorido)

Há 20 anos atuando como Professor de Turismo e 17 prestando consultoria a diversos governos e organismos, inclusive internacionalmente, Eduardo Mielke acaba de publicar um texto de extrema atualidade e objetiva visão da situação de muitos Conselhos Municipais de Turismo.

Mielke abre seu comentário referindo-se à retração, o encolhimento do mercado turístico, por conta da pandemia, e os efeitos diretos sobre a necessidade de recomposição dos setores envolvidos com a gestão do trade, focando, na publicação, a ação do COMTUR.

Muitas cobranças legais brotam em calendários carentes de reorganização, apesar de o estreito tempo de prazo, em muitas situações, devido à observação das leis vigentes.

“A pressão sobre os COMTUR é ainda maior. O atendimento das diretrizes do Mapa do MTUR e as leis específicas de algumas UFs, que o digam”, destaca o especialista.

COMTUR: TER OU NÃO?

Para Eduardo Mielke, não bastam leis específicas consolidando um COMTUR, referindo ser, a situação, merecedora de efetivas ações, capazes de “remotivar” os integrantes do Conselho. Afinal, é preciso trabalho pesado e autêntico do COMTUR.

O autor lamenta a não rara interferência político partidária no COMTUR, fato capaz de promover a desorganização, o desentendimento e o desânimo dos conselheiros.

“Para ajudar, somam-se a isso os casos (não tão isolados assim) de disputas políticas locais, destemperando o dia-a-dia dos conselhos, além de Prefeitos tentando tratar COMTUR como Conselho de Educação ou Saúde… o que, é claro, não vai dar certo”, alfineta, inteligentemente.

MENOS BLÁBLÁBLÁ E MAIS AÇÃO+ATITUDE

Acordar, sacudir, envolver, motivar – realmente – aqueles capazes de fazer a coisa acontecer, acabando com os discursos de “empurrar com a barriga”.

Não é mais tempo de esperar o poder público se interessar pelo Turismo. Afinal, ao nosso entender, para agir pelo Turismo, é preciso contar com um time de profissionais técnicos e não aqueles dependurados nos cabides das trocas por favores/apoio.

Mestre Mielke, então, se posiciona com duas orientações focadas em ação + atitude, conjugadamente e independentemente da participação do Executivo:

“PRIMEIRO – FOCO NO EMPRESARIADO LOCAL. Desde logo, tente ao máximo passar ao das brigas políticas e ruídos histéricos vindos do Executivo e ou do Legislativo. Mesmo porque eles não vão te levar a lugar algum agora. O que importa é olhar para o negócio turístico. Olhe para os empresários e para o COMTUR, para a formulação-ação IMEDIATA de uma AGENDA POSITIVA tendo por base na articulação e promoção de ações de curto prazo e que dê resultados imediatos e perceptíveis. Dentre elas: Ações de compra e venda coletivas de insumos, promoções cooperadas de programa de descontos… Agora é hora de colocar as pessoas da cadeia de valor – compradores e vendedores para conversar mesmo! (DICA EXTRA: Faça isso por semelhança – hoteleiros com hoteleiros, guias com guias… etc.). A ideia aqui é colocar ideias para funcionar e não cabeças para lamentar. Muitos empresários nunca se sentiram tão abandonados e qualquer movimento que associe cooperação + minimizar custos + potencializar resultados, ajuda. …Aliás, terá efeitos no longo prazo inestimáveis. E aqui não estou somente a falar de trabalhar junto. Falo de resultados financeiros no final de cada mês".

"SEGUNDO – FOCO EM QUEM MORA AÍ DO SEU LADO. Do ponto de vista estratégico, olhe muito para O CIDADÃO QUE MORA NO SEU MUNICÍPIO. Entenda como a AGENDA POSITIVA, associando pequenos setores da economia artesanal, economia criativa e entretenimento, para movimentar o orgulho, o ânimo e o bolso de quem mora perto de você. ISSO MESMO… pois se ele não gastar no seu Município, mais cedo ou tarde ele o fará em algum lugar. Ah! E por mais que você ouça coisas aqui e ali, o trabalho com a região só se justifica se o seu Município é próximo de uma grande cidade, pois aí aquele morador de lá pode ajudar a fazer a diferença aí. Este olhar para sua cidade se faz junto com a articulação dos empresários comentada acima. E neste contexto do olhar ao Cidadão e para sua Cidade, o traga à pauta o FOCO NO CALENDÁRIO DE EVENTOS forte, já, e inclusive, para este Natal. Se existe uma coisa que pode juntar os empresários são os eventos, SOBRETUDO a construção de um… Além daqueles benefícios conhecidos e previsíveis, o calendário tem o objetivo de trazer um olhar ao futuro próximo ao empresariado. Veja! Trazer estes assuntos agora é a forma mais assertiva de trazer o engajamento do empresariado que se sente hoje na "zumbilândia", cambaleando ainda e se recuperando dos traumas causados pelo TCHAN-TCHÊ-TCHON 19.Contudo, dê corda a eles, trazendo, junto, a respectiva responsabilidade. Lê-se: SECTUR é para você induzir e articular, e não ser dono desta AGENDA POSITIVA. Todos estes FOCOS devem ser capitaneados pelo COMTUR, com o apoio forte da Ass. Comercial ou C&VB, e da SECTUR, é claro. É num cenário coletivamente desolador que se fixam os pilares da prosperidade. O ruim já é conhecido, mas não quer dizer que precisamos lá ficar”.

Eduardo Mielke, por Mielke:

“Neste ano de 2021, completo 20 anos como Professor de Turismo e 17 anos como consultor. Desde 2004, meu trabalho é ajudar você, que é gestor Público ou representa uma associação de turismo ou COMTUR. Os textos são também para orientar Governos que buscam usar de forma mais inteligente os recursos disponíveis através da cooperação. O que importa mesmo é a geração de emprego e renda local. Turismo é negócio. Turismo é no município. O resto é conversa fiada".

Para mais detalhes, dúvidas ou esclarecimentos? Escreva. Curta a apaje@politicadeturismo ou escreva para eduardomielke2@gmail.com

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